Custos variáveis de produção de Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) para controle de moscas-das-frutas
DOI:
https://doi.org/10.22167/r.ipecege.2017.2.9Keywords:
controle biológico, custeio ABC, produção de inimigos naturaisAbstract
O controle biológico aplicado consiste em liberações em massa de predadores ou parasitoides após a criação laboratorial em larga escala. Avaliar o custo de produção do parasitoide Diachasmimorpha longicaudata para controle biológico de moscas-das-frutas irá fornecer uma ferramenta capaz de auxiliar o planejamento, controle e uma forma de apoiar as empresas quanto as suas tomadas de decisão. Este trabalho teve por objetivo identificar e analisar os custos variáveis de produção do parasitoide D. longicaudata, criado em larvas de Anastrepha fraterculus. Para isso, foi utilizada a ferramenta de Custeio Baseado em Atividade [ABC]. Foi acompanhado o processo produtivo para obter o custo variável total de produção em laboratório de pesquisa e biofábrica de inimigos naturais, localizado em Piracicaba, São Paulo. A capacidade de produção de pupas de A. fraterculus parasitadas por D. longicaudata é de um milhão por semana nesse laboratório, sendo que um milhão de pupas representa 34 L, e um mL contém aproximadamente 30 pupas. O custo variável de produção para produzir um milhão de pupas parasitadas por semana foi de R$ 5.919,65. O custo com mão de obra representa 57% do custo total, enquanto o custo com materiais representa 43%. Portanto, o custo de uma pupa parasitada por D. longicaudata foi de R$ 0,0059 considerando um milhão de pupas por semana. A tomada de decisão do produtor em relação ao controle biológico utilizando D. longicaudata dependerá de estudos prévios sobre o parasitoide e cultura pretendida.
Downloads
References
Biever, K.D. 1972. Effect of the temperature on the rate of search by Trichogramma and its potential application in field releases. Environmental Entomology 1:194 -197
Bueno, R.C.O.F.; Parra, J.R.P.; Bueno, F.A. 2012. Trichogramma pretiosum parasitism and dispersal capacity: a basis for developing biological control programs for soybean caterpillars. Bulletin of Entomological Research 102(1): 1-8.
Burns, R.E. 1993. Caribbean fruit fly parasitóide rearing and release procedure
Manual. Departament of Agriculture & Consume Service, Gainesville, Florida, USA.
Cano, M.A.V; Santos, E.M.; Pinto, A.S. 2006. Produção de Cotesia flavipes para controle da broca-da-cana. p. 21-24. In: Pinto, A. de S. Controle de pragas da cana de açúcar. Biocontrol, Sertãozinho, Minas Gerais, Brasil.
Carvalho, J.M.C. de. 2002. Logística. 3ed. Edições Silabo, Lisboa, Portugal.
Carvalho, R.S.; Nascimento, A.S. 2002. Criação e utilização de Diachasmimorpha longicaudata para controle biológico de moscas-das-frutas (Tephritidae). p. 165-179. In: Parra, J.R.P.; Botelho, P.S.M.; Corrêa-Ferreira, B.S.; Bento, J.M.S. (Ed.). Controle biológico no Brasil: Parasitóides e Predadores, São Paulo, SP, Brasil.
Carvalho, R.S.; Nascimento; A.S.; Matrangolo, W.J.R. 2000. Controle biológico. Cap. 9, p. 113-117. In: Malavasi, A.; Zucchi, R.A. (Ed.). Moscas-das-frutas de importância econômica no Brasil: conhecimento básico e aplicado. Holos Editora, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.
Fachinello, J.C.; Nachtigal, J.C. 2009. Fruticultura: fundamentos e práticas. Disponível em: <http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/livro/fruticultura_fundamentos_pratica/1.1.htm>. Acesso em: 12 set.2015.
Faria, A.C.; Costa, M.F.G. 2010. Gestão de custos logísticos. Atlas, São Paulo, São Paulo, Brasil.
¬Ferreira, J.A. 2007. Contabilidade de custos. Editora Ferreira, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
Garcia, F.R.M., Ricalde, M.P. 2012. Augmentative biological control using parasitoids for fruit fly management in Brazil. Insects, Basel 4: 55-70.
Godoy, M.J.S; Pacheco, W.S.P., Malavasi, A. 2011. Moscas-das-frutas quarentenárias para o Brasil. p. 111. In: Silva, R.A., Lemos, W.P., Zucchi, R.A. Moscas-das-frutas na Amazônia brasileira: diversidade, hospedeiros e inimigos naturais. Embrapa. Macapá, Amapá, Brasil.
International Atomic Energy Agency. IAEA. 2003. Manual for product quality control and shipping procedures for sterile mass-reared tephritid fruit flies, Version 5.0. International Atomic Energy Agency. Vienna, Austria. 85 pp.
Leal, R.M.; Aguiar-Menezes, E.L.; Lima Filho, M.; Ribeiro, J.C.R.; Menezes, E.B. 2008. Capacidade de sobrevivência e dispersão de Diachasmimorpha longicaudata, um parasitoide exótico de larva de moscas-das-frutas. Embrapa Agrobiologia. Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil.
Martins, E. 2003. Contabilidade de custos. 9ed. Atlas. São Paulo, São Paulo, Brasil.
Martins, E. 2010. Contabilidade de Custos. 10ed. Atlas. São Paulo, São Paulo, Brasil.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento [MAPA]. 2015. Projeções do agronegócio: Brasil 2014/15 a 2024/25, Projeções de Longo Prazo. Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/PROJECOES_DO_AGRONEGOCIO_2025_WEB.pdf>. Acesso em: 27 jan 2015.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento [MAPA]. 2017. Produtos Formulados. Disponível em: <http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons>. Acesso em: 15 fev. 2017.
Raga, A.; Sato, M.E. 2016. Controle químico de moscas-das-frutas. Disponível em: <http://www.biologico.agricultura.sp.gov.br/docs/dt/moscas_das_frutas.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2017.
Reetz, E.R.; Kist, B.B.; Santos, C.E.; Carvalho, C.; Drum, M. 2015. Anuário brasileiro da fruticultura 2014. Editora Gazeta Santa Cruz, Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.
Salles, L.A.B. 1992. Metodologia de criação de Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera: Tephritidae) em dieta artificial em laboratório. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, 21: 479-486.
Sivinski, J.; Calkins, C.O.; Baranowski, R.; Harris, D.; Brambila, J.; Diaz, J.; Burns, R.E.; Holler, T.; Dodson, G. 1996. Suppression of a Caribbean fruit by (Anastrepha suspensa (Loew), Diptera: Tephiritidae) population through augmented releases of the parasitoid Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae). Biological Control 6: 177-185.
Ovruski, S.M.; Aluja, M.; Sivinski, J.; Wharton, R.A. 2000. Hymenopteran parasitoids on fruit-infesting Tephritidae (Diptera) in Latin America and the southern United State: diversity, distribution, taxonomic status and their use in fruit fly biological control. Integrated Pest Management Reviews 5: 81-107.
Paranhos, B.A.J.; Mendes, P.C.D.; Papadopoulos, N.T.; Walder, J.M.M. 2007. Dispersion patterns of Diachasmimorpha longicaudata (Hymenoptera: Braconidae) in Citrus orchards in southeast Brazil. Biocontrol Science and Technology 17: 375-385.
Parra, J.R.P.; Botelho, P.S.M.; Corrêa-Ferreira, B.S.; Bento, J.M.S. 2002. Controle biológico: Uma visão inter e multidisciplinar. p.125-137. In: Parra, J.R.P.; Botelho, P.S.M.; Corrêa-Ferreira, B.S.; Bento, J.M.S. (Ed.). Controle biológico no Brasil: parasitoides e predadores. Manole, São Paulo, Brasil.
Walder, J.M.M., Sarriés, S.R.V. 1995. Introdução do parasitóide Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) para o controle de moscas-das-frutas no Estado de São Paulo. In: Resumos do 15º Congresso Brasileiro de Entomologia, Caxambu.
Zachrisson, B.; Parra, J.R.P. 1998. Capacidade de dispersão de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 para o controle de Anticarsia gemmatalis Hubner, 1818 em soja. Scientia Agricola 55(1).
Zucchi, R.A.; Malavasi, A., Nascimento, A.S.; Walder, J.M.M. 2004. Prejuízos das moscas-das-frutas na exportação de citros. Visão Agrícola 2: 72-77.
Downloads
Additional Files
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Os Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são de direito do autor. Em virtude do acesso público da revista, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores.
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.