Déficit de armazenagem da produção agrícola do Tocantins

Autores

  • Rafael Alves da Silva Companhia Nacional de Abastecimento
  • Flávio Carlos Dalchiavon Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Campus Campo Novo do Parecis

DOI:

https://doi.org/10.22167/r.ipecege.2018.1.19

Palavras-chave:

agronegócio, capacidade estática, estocagem de grãos, milho, soja

Resumo

O Tocantins é um grande produtor de grãos da região Norte do Brasil, porém, como outras importantes regiões do país em produção de grãos, não conta com infraestrutura adequada para armazenagem. Objetivou-se comparar o histórico da produção de grãos do Tocantins com a capacidade estática dos seus armazéns entre o período de 1990 a 2017, definindo os municípios e/ou regiões com maior potencial para instalação de novos empreendimentos de armazenagem. Utilizou-se como referência os dados de produção de grãos e dos armazéns cadastrados, ambos disponíveis na Companhia Nacional de Abastecimento, para avaliar a evolução e elaborar mapas da distribuição geográfica da capacidade estática e do déficit de armazenagem. O Tocantins se tornou, nos últimos anos, um dos principais produtores de grãos na região Norte do Brasil e ainda apresenta grande potencial de crescimento. Mesmo havendo crescimento na capacidade estática de armazenagem, este não tem acompanhado o crescimento da produção de grãos, o que justifica atualmente o déficit de armazenagem da produção em aproximadamente 2.512.305 de toneladas, representando 57,97% da produção total de grãos do estado. As regiões ou municípios que apresentam maiores déficits em capacidade estática e, consequentemente, melhores oportunidades para novas instalações na área de armazenagem são: Porto Nacional, Campos Lindos, Dianópolis, Lagoa da Confusão, Peixe, Caseara, Gurupi, Goiatins, Pium e Miracema do Tocantins.

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Publicado

2018-03-01

Como Citar

Silva, R. A. da, & Dalchiavon, F. C. (2018). Déficit de armazenagem da produção agrícola do Tocantins. Revista IPecege, 4(1), 19–27. https://doi.org/10.22167/r.ipecege.2018.1.19

Edição

Seção

Artigo Original - Agronegócio